quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Testemunhos


Testemunhos

“Como sabes, meu caro Wantuil, nem todas as publicações poderiam ser corretas, no caso escandaloso, e nem todos os jornalistas me procuram com boas intenções. Mas como sabes também, e conforme assevera o nosso Emmanuel, “na tarefa mediúnica, não podemos agradar a todos, mas não devemos desagradar a ninguém”. Minha situação era muito delicada e mesmo assim não faltaram inúmeros confrades que me escreveram cartas impiedosas e irônicas, quando liam reportagens em desacordo com a verdade dos fatos, como se eu devesse controlar todos os jornais que escreveram sobre o acontecimento. Alguns me perguntaram acremente se eu não estava obsediado e se já não havia enlouquecido. (…) Continuemos, me amigo, em nossos trabalhos, edificados na consciência tranqüila.
Fragmento de carta de Chico Xavier a Wantuil de Freitas (ex-presidente da FEB) a respeito da postura assumida por ele, diante das perseguições advindas após o lançamento do livro “Parnaso de Além-Túmulo”.
Do livro “Testemunhos de Chico Xavier” de Suely Caldas Schubert.
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“Recebi teus apontamentos sobre os nosso irmãos (…) e os demais. Eles vão criticando e seguiremos trabalhando. O padre Júlio Maria (era um padre francês, segundo apontamentos de Wantuil, a lápis, na carta) começou uma série de trabalhos combativos contra o “Parnaso de Além-Túmulo” e, depois, contra Emmanuel e os nossos amigos da Espiritualidade, em agosto de 1932.
Durante doze a treze anos, escreveu mensalmente artigos de excomunhão e perseguição sombrios. Quando esse amigo desencarnou, ultimamente, disse-me Emmanuel __  “Vamos orar pelo nosso irmão Júlio Maria; com ele sempre tivemos um cooperador maravilhoso __ dava-nos coragem na luta e concitava-nos a trabalhar.” Os adversários são nosso valiosos instrutores e colaboradores de importância. Foi Emmanuel que também me disse um dia __ “Não te aflijas com os que te batem __ o martelo que atormenta o prego com pancadas fá-lo mais seguro e mais firme.” (…)
Fragmento de carta de Chico Xavier a Wantuil de Freitas em 1946.
Do livro “Testemunhos de Chico Xavier” de Suely Caldas Schubert.
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“Gostei de tuas apreciações sobre a fotografia. Todos os fotógrafos deste mundo entendem de me ajudar. Imagina que um deles chegou a fazer-me retratos tão escandalosamente retocados e coloridos que tive de agradecer, receber e … queimar. Em compensação, os retratistas do outro mundo não me perdoam e fazem-me sentir, a cada hora, a extensão da minha fealdade, para ver se eu conserto alguma coisa antes da morte do meu corpo. Esses fotógrafos são tão bons que não me retrataram, porque se o fizessem toda gente fugiria de mim. Mandei também um retrato daqueles ao Ismael e estou esperando a reação dele. Vamos ver o que dirá. Estou certo de que ele me escreverá ajudando-me a combater a vaidade.”
Fragmento de carta de Chico Xavier a Wantuil de Freitas em 1946.
Do livro “Testemunhos de Chico Xavier” de Suely Caldas Schubert.
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“Noto, contudo, que Emmanuel, desde fins de 1941, se dedica, afetuosamente, aos trabalhos de André Luiz. Por essa época, disse-me ele a propósito de “algumas autoridades espirituais” que estavam desejosas de algo lançar em nosso meio, com objetivos de despertamento.
Falou-me que projetavam trazer páginas que nos dessem a conhecer aspectos da vida que nos espera no “outro lado”, e, desde então, onde me concentrasse, via sempre aquele “cavalheiro espiritual”, que depois se revelou por André Luiz, ao lado de Emmanuel. Assim decorreram quase dois anos, antes do “Nosso Lar”.
“(…) Desde então, vejo que o esforço de Emmanuel e de outros amigos nossos concentrou-se nele, acreditando, intimamente, que André Luiz está representando um círculo talvez vasto de entidades superiores. Assim digo porque quando estava psicografando o “Missionários da Luz”, houve um dia em que o trabalho se interrompeu.
Levou vários dias parado. Depois, informou-me Emmanuel, quando o trabalho teve reinício, que haviam sido realizadas algumas reuniões para o exame de certas teses que André Luiz deveria ou poderia apresentar ou não no livro. Em psicografando o capítulo Reencarnação, do mesmo trabalho, por mais de uma vez, vi Emmanuel e Bezerra de Menezes, associados ao autor, fiscalizando ou amparando o trabalho.”
“(…) A luz que, por vezes, me rodeia me amedronta. Vejo, ouço, e me movimento, no círculo destes trabalhos, mas, podes, crer, vivo sempre com a angústia de quem se sente indigno e incapaz. Cada dia que passa, mais observo que a luz é luz e que a minha sombra é sombra. Reconhecendo a minha indigência, tenho medo de tantas responsabilidades e rogo a Jesus me socorra.”
Fragmentos de carta de Chico Xavier a Wantuil de Freitas em 1946.
Do livro “Testemunhos de Chico Xavier” de Suely Caldas Schubert.

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