Mensagem de Joanna de Ângelis,
psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 2 de julho de
2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, e
divulgada pelo site www.oespiritismo.com.br .
“Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de
bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz
prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se
encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia
no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para
alcançar o porto de segurança.
Orfandade, perseguições rudes na
infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter
dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a
vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do
objetivo de iluminação.
Adversários do ontem que se haviam
reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a
existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as
mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
Experimentou abandono e descrédito,
necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os
passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao
sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.
Sempre se manteve em clima de harmonia,
sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e
forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o
campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que
distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas
que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
Nunca se exaltou e jamais se entregou ao
desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações,
permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou
justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e
pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seus líderes,
que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comporta-mento,
transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras
sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e ungida de bondade
sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o
buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo
tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever,
mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por outros, afetos e
amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso
para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase
apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para
penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.
Seus silêncios homéricos falaram mais
alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que
aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os
seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do
seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente
desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações
para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos
que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de
renúncia na mediunidade luminosa.
Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.
…E ao desencarnar, suave e
docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do
Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade,
asseverando-lhe:
- Descansa, por um pouco, meu
filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das
inefáveis alegrias do reino dos Céus.”
Joanna de Ângelis
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