Durante
décadas, Chico produziu cartas psicografadas para pais e mães que o
procuravam para ter notícias de seus filhos no além. Segundo um estudo
da Associação Médico-Espírita de São Paulo, de 1990, nomes de parentes
apareciam em 93 por cento das cartas e 35 por cento delas tinham
assinaturas semelhantes às dos falecidos. Sempre havia citações que
davam impressão de familiaridade aos leitores a quem eram dirigidas.
A fonte dessas
informações sempre esteve sob suspeita. Alega-se que funcionários
do centro espírita conversavam com os presentes antes das psicografias e
que Chico entrevistava previamente as pessoas[carece de fontes] que
o procuravam em busca de contato com os espiritos dos mortos. Mesmo
assim eram tidas como legítimas pelos familiares e chegaram a ser usadas
como provas em três julgamentos.
Além das
cartas, houve a polêmica com os muitos livros de poesia e prosa que
Chico produziu em nome de espíritos de escritores famosos do Brasil
como Olavo Bilac e Castro Alves. Chico só estudou até a quarta série
primária, mas era leitor voraz e tinha uma biblioteca com quinhentos
livros de autores diversos, inclusive em inglês, francês e hebraico.
Colecionava também cadernos com recortes de textos e poesias,
notadamente dos autores espirituais que o procuravam.
O verdadeiro
escândalo veio quando Amauri Pena Xavier, sobrinho de Chico, disse poder
imitar as psicografias dele com truques e acusou o tio de ser também um
impostor. Depois, sentindo-se culpado, ele retirou a acusação.
Durante os
transes mediúnicos, eletroencefalogramas do médium mostraram que ele
apresentava características clínicas que variavam
da epilepsia à criptomnésia ; clinicamente ele nunca foi epiléptico.
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