da Agência Folha, em Belo Horizonte
O líder espírita Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, morreu na noite deste domingo, aos 92 anos, na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
O coração do religioso parou de bater por volta das 19h30, quando ele estava na sua casa, no bairro Parque das Américas.
Tão logo a população de Uberaba tomou conhecimento da morte, seguidores começara a se reunir em frente à casa de Chico Xavier. No final da noite, cerca de quinhentas pessoas estavam em vigília na porta da casa.
Segundo o médico do religioso, Eurípedes Tahan Vieira, o religioso sofreu "uma parada cardíaca, sem sofrimento, sem dor e sem nenhum aviso prévio".
O dia de Xavier tinha sido como os demais. Ele acordou cedo, fez orações e tomou o café da manhã normalmente. Conversou com familiares e descansou. Não assistiu à partida da seleção brasileira, mas quis saber o resultado após o final do jogo.
Chico Xavier deitou-se para dormir no horário habitual. Às 19h20, foi para a cama e, como de costume, ergueu as mãos para o alto e rezou. Morreu cerca de dez minutos depois.
No sábado, ele havia ido à Casa da Prece, onde conversou com as pessoas e deu atendimentos.
"Ele estava muito bem, estava alegre", disse o médico.
Chico Xavier foi o líderes espíritas mais conhecido e procurado do país.
Estima-se que cerca de 2,34 milhões de brasileiros são adeptos do espiritismo
Era comum haver peregrinações à Casa da Prece sempre que ele atendia o público, mas as consultas eram cada vez mais raras, em razão sua idade e da saúde debilitada.
Mesmo assim, ele gostava de dar atendimentos, principalmente nos finais de semana.
Nos últimos anos, Chico Xavier enfrentou vários problemas de saúde. Estava cego de um dos olhos e tinha dificuldade para andar. No ano passado, esteve internado por causa de uma pneumonia. Depois disso, segundo o médico, ele melhorou.
"Faz um ano que teve a última infecção. Não apresentou nenhum problema mais grave de saúde. Era uma pessoa de 92 anos, que tinha que ter alguns cuidados", disse.
Chico Xavier deixou um filho adotivo, Eurípedes Reis, que não quis falar com a imprensa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário