sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quem foi Chico Xavier?

Santo? Insano? Farsante? Amplie seus conhecimentos sobre o assunto


Em 2010 os espíritas de todo o país comemoraram 100 anos do nascimento deste que consideram o maior "médium" brasileiro. Podemos sem dúvida considerar o Sr. Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como "Chico Xavier", uma das personalidades mais populares e também mais polêmicas da história recente do nosso país. E como a nossa mídia (incluindo grandes emissoras de TV, redações dos grandes jornais e revistas e o meio artístico em geral) está repleta de militantes do espiritismo, estamos presenciando atualmente um verdadeiro festival de apologia à figura de Chico Xavier. Filmes nos cinemas, peças de teatro, lançamentos de uma infinidade de livros, especiais de TV, matérias de capa nas revistas...

Mas o fato é que é muito raro a grande mídia abordar as diversas facetas desse controverso personagem: existe uma outra realidade bem diferente dessa que estamos acostumados a ver nos meios de comunicação, e que pode ser comprovada muito facilmente. A revista Voz da Igreja é uma publicação comprometida com a verdade. Longe de querer provocar polêmicas, e com todo o respeito a todos os espíritas, não poderíamos deixar de abordar esses fatos. Para falar de uma personalidade tão conhecida, o bom senso e a boa consciência nos obrigam a abordar o assunto de maneira responsável e imparcial. - Algo bem diferente da tremenda propaganda que temos presenciado nos meios de comunicação.

Apresentamos uma série de fatos a respeito de Chico Xavier que é desconhecida da maioria. Advertimos que todas as questões aqui colocadas são fundamentadas na pesquisa histórica e documentada, e em depoimentos que foram publicados em veículos sérios e respeitados.


1. Foi comprovado que Chico Xavier usou truques de pirotecnia em "shows de mediunidade" no começo de sua carreira.
As fotos ao final deste texto retratam algumas dessas exibições. Existem muitas outras, que se encontram facilmente na internet: em salões alugados, ele se sentava em frente a uma cortina, diante da plateia. Luzes piscavam por detrás do pano, e um cheiro de éter enchia a sala. Aos poucos, vultos surgiam atrás das cortinas e Xavier, junto com outros "médiuns", diziam que eram espíritos se materializando... Fotos da revista “O Cruzeiro” (1964) mostram claramente que eram pessoas vestindo lençóis brancos e véus cobrindo a cabeça. Mesmo assim, alguns ingênuos pareciam acreditar na farsa. O pesquisador Eurípedes Tahan disse que as pessoas da plateia podiam até tocar as tais "entidades" e tirar fotos! Nessa época, "médiuns" e mágicos costumavam viajar pelo país com seus shows. Chico dizia que usava seus "poderes" para materializar os espíritos. Ele ficava sentado e dizia se concentrar, enquanto as “entidades” saíam de trás do pano. Curioso é que as figuras nunca “apareciam” na frente da plateia, como deveriam, se fossem entidades etéreas se materializando. Convenientemente, elas saiam de trás da cortina, como se vê nos shows de mágica mais rudimentares. Anos mais tarde, a farsa foi definitivamente desmascarada, e Otília Diogo, uma das pessoas que se passava por “espírito” chegou a ser presa. Foi com esses shows que Chico começou a se tornar conhecido.


2. O sobrinho de Chico Xavier, numa entrevista ao jornal "O Diário de Minas", confessou que as psicografias do tio não passavam de farsa.

Amauri Pena Xavier, sobrinho de Chico, também se dizia "médium" e afirmava psicografar textos e cartas de pessoas falecidas. Aos 25 anos de idade, sondado por jornalista do referido jornal, ele declarou, textualmente: "Aquilo que tenho escrito foi criado pela minha própria imaginação". Na ocasião, ele também desmascarou o tio famoso, Chico Xavier, dizendo que as cartas "psicografadas" por ele não passavam de fraude: "Assim como tio Chico, tenho enorme facilidade para fazer versos, imitando qualquer estilo de grandes autores. Com ou sem auxílio de outro mundo, ele vai continuar escrevendo seus versos e seus livros". - O mais incrível é que, depois dessa, tanta gente tenha continuado a acreditar nas psicografias de Chico Xavier. Foi nessa época que ele, acuado pelas investigações, saiu de Pedro Leopoldo e foi para Uberaba, local onde o espiritismo se encontrava em expansão, onde recebeu apoio.


3. Em 1971, o repórter José Hamilton Ribeiro, da revista Realidade, visitou as sessões de psicografia de Chico, e denunciou que ali aconteciam truques para impressionar os mais crédulos.
Declarou o repórter: "Meu fotógrafo viu um dos assessores de Chico levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar". Chico era famoso pelo perfume que parecia surgir "do nada" em meio às sessões de “psicografia”. - "As pessoas pensavam que o perfume vinha dos espíritos", completou Ribeiro.


4. Em muitos livros de Chico Xavier, especialistas encontraram casos claros de plágio de obras literárias publicadas por diversos autores.
O pesquisador especializado Vitor Moura, criador do website "Obras Psicografadas", comparou trechos dos livros ditos psicografados por Chico com livros de outros autores e descobriu evidências inquestionáveis. Um dos casos mais impressionantes é o da cópia quase literal de trechos da obra "Vida de Jesus", do filósofo Ernest Renan, no livro "Há dois mil anos", que Chico afirmou ter sido psicografado pelo "espírito Emmanuel".


5. Já foi definitivamente comprovado pela pesquisa histórica que o tal “Públio Lentulus”, que Chico descreveu como "procurador da Judéia do tempo de Jesus" em seus livros, e afirmou tratar-se de um dos seus orientadores espirituais, nunca existiu.
Hoje se sabe que, historicamente, não existiu nenhum senador de Jerusalém ou procurador da Judéia cujo nome tenha sido “Públio Lentulus”. Além disso, os nomes, datas e detalhes que constam na obra de Chico são incompatíveis com os fatos históricos. Para saber detalhes, acesse:
http://obraspsicografadas.haaan.com/


6. Apesar de muitos pensarem que Chico Xavier dizia detalhes sobre os entes queridos falecidos das pessoas que o procuravam, que não teria como saber, a verdade é que ele dava um jeito de conseguir esses dados, e sem nenhuma ajuda de espíritos.
O próprio Waldo Vieira, médico que foi uma espécie de sócio de Chico por quase duas décadas (desde o tempo dos ‘shows de mediunidade’), declarou o seguinte: "Funcionários do centro espírita iam às filas pegar detalhes dos mortos. Ou aproveitavam as histórias relatadas por parentes nas cartas em que pediam uma audiência. O que as mensagens de Chico continham eram essas informações". Chico ou seus assessores faziam uma entrevista com as famílias que participariam das sessões de "psicografia". O engenheiro Maurício Lopes conta que quando seu irmão de 9 anos foi morto num atropelamento, sua família procurou Chico atrás de ajuda. Ele diz: "Chico perguntou à minha mãe detalhes da morte e nomes de parentes, e tudo isso foi citado na carta, depois".


7. A teoria de que Chico Xavier, sendo semi-analfabeto, não teria como escrever seus livros, é completamente falsa.
Chico não foi longe na escola, mas era autodidata. Ele sempre estudou muito por conta própria, e lia muitíssimo. Colecionava recortes de textos e poesias, comprava livros e mais livros e montou uma biblioteca particular (preservada até hoje em Uberaba), com obras em inglês, francês e hebraico! Nessa coleção estão os livros dos autores que ele dizia "receber do além” para escrever seus próprios livros, como Castro Alves, Humberto Campos e outros...


8. Apesar de o espiritismo se declarar uma “ciência”, Chico Xavier se recusava a permitir que cientistas estudassem seus alegados poderes. Ele dizia que seu "guia" não permitia. Mas o que ele temia?
Se as suas habilidades fossem verdadeiras, as pesquisas só poderiam demonstrar a veracidade dos fenômenos e ajudar na propagação do espiritismo...


9. Otília Diogo era uma charlatã que se cobria com lençóis para se passar pelo espírito "Irmã Josefa" nos "shows de mediunidade" de Chico Xavier e Waldo Vieira. Ela foi enquadrada e presa anos depois.


10. O repórter Hamilton Ribeiro foi até Uberaba e desmascarou as mensagens ditas psicografadas de Chico, de maneira muito simples:


Ele inventou nome e endereço falsos e os entregou a Chico, se passando por crédulo e pedindo uma psicografia. Na edição de novembro de 1971 da revista Realidade, ele publicou a conclusão do seu experimento: "Receita psicografada: do pedido que fiz hoje, em nome de ‘Pedro Alcântara Rodrigues, da Alameda Barão de Limeira, 1327, apto 82 - São Paulo’ (dados falsos), me veio a orientação espiritual: "Junto aos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe...’”(!) Mas como?? Não existia ninguém com aquele nome, nem naquele endereço, era tudo inventado! Sim, mas os “espíritos de luz” que assistiam ao Chico Xavier se comprometeram a auxiliar essa pessoa de mentira nos planos espirituais.

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** Aí estão alguns dados concretos. São fatos comprovados. Não se tratam de opiniões ou considerações, mas de fatos. Que cada um tire as suas próprias conclusões. Encerramos o assunto com a exortação de nosso Mestre maior: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” .(Mateus 11, 15) - E quem tem olhos para ver...







Fotos publicadas na revista "O Cruzeiro" e outras, mostram o jovem Chico Xavier ao lado de “espíritos materializados” em shows de mediunidade que promovia no início de sua carreira. Entre estes, o "espírito" de “Irmã Josefa”, que era, na verdade, a charlatã Otília Diogo vestindo panos brancos: ela foi desmascarada e presa em 1970 (publ. ‘O Cruzeiro’). Estes fatos raramente constam nas biografias oficiais, e nunca são retratados nos fimes.

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