Emmanuel
A maioria dos homens
não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente
os que abusam dessa concessão divina.
Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria injusto,
entretanto, interroga-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação
Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da
vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das
circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento
espiritual.[1]
É lógico que todo
homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio,
sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a
oportunidade da indagação importa considerar que muito raros são aqueles que
valorizam o dia[2],
multiplica-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquila-lo de
qualquer forma.
A velha expressão
popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros
recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No
entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o
concurso humano, na execução das leis divinas[3].
Os interesses
imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida,
recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os
homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem
levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os
setores da evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os
caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o
tempo deve ser do Senhor[4].
Autor:-
XAVIER, Francisco Cândido, pelo espírito de
EMMANUEL, Caminho, Verdade e Vida., Texto nº. 01 – pág. 13 – ED. Federação
Espírita Brasileira, 14ª edição – 1990
(Se possível recomendo que se leia a obra
completa – vale, pois a pena – Mt. Reinaldo)
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