O seu pai casou-se novamente e a nova madrasta, Cidália Batista,
exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco tinha então sete anos de
idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta,
o menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito
de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Francisco, para ajudar nas
despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da
casa.
A madrasta
Cidália pediu a Francisco que consultasse o espírito da falecida mãe
dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e
esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da horta,
conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos. Assustado com a
mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo.
O padre
Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a internação,
tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli simplesmente
aconselhou a família a restringir-lhe as leituras (tidas como motivo
para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho. Francisco, então,
ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à
rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o
resto da vida.
No ano de 1924,
terminou o antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de
trabalho, empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários
extensos. Apesar de católico devoto e das incontáveis penitências e
contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter visões e
nem de conversar com espíritos.
Chico Xavier Em Família
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